sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Resquícios da Cow Parade

















Eis uma mimosa remanescente da Cow Parade aqui em São Paulo. Fica na R. Dr. Melo Alves, Cerqueira César. Era a vaca da corrida Nike 10K.

Note o recado do João Gordo (que correu naquele dia).

fotos - Erika Tani

Honda Construtivista





















via Graphic Exchange

Mais um sobre a Helvetica




















Ainda sobre as comemorações dos 50 anos da Helvetica.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Criatividade em estado bruto - Arthur Bispo do Rosário


Um Cristo envolto numa aura luminosa, protegido por sete anjos azuis. Esta foi a visão delirante com a qual se deparou Arthur Bispo do Rosário, no dia 22 de dezembro de 1938, no quintal de sua casa, no bairro carioca de Botafago. Caminhou, errante, por dois dias pelas ruas da cidade, antes de ser internado com o diagnóstico de esquizofrenia-paranóica na Colônia Juliano Moreira, onde viveu 50 anos (1939-1989).



Isolado do mundo, Bispo do Rosário trabalhava com objetos do cotidiano do hospital o que, para alguns críticos, significava "a desconstrução institucional para a construção de um novo significado". Com fios retirados de seu uniforme de interno, ele bordava panos e velhos lençóis do hospital transformando-os em mantos e estandartes. Além dos bordados, Bispo trabalhou sobre papelão e madeira, para criar obras em que estabelece uma ordem própria com sapatos, botas, canecas, entre outros objetos. Foram mais de mil peças, destinadas a cumprir a missão que lhe é revelada por uma voz, de inventariar o universo e entregá-lo reconstituído a Deus.


série de estandartes, todos bordados à mão, fio a fio...






Uma de suas obras mais conhecidas é o "manto da apresentação", que ele bordou para se apresentar ao criador do universo.




"434 como é que eu devo fazer um muro"


palavras-chave que se transformaram em arte...

"Miniaturas" - produzidas com ferro velho

Seu valor artístico só foi reconhecido com o tombamento de suas obras em 1992 e por integrar várias exposições no exterior, com destaque na Bienal de Veneza (1995) e na Mostra Brasil500 anos que, em 2000, voltou a atrair a atenção para a qualidade de sua arte.

Apesar de sua condição mental, Bispo soube (sem querer) resgatar o que há de melhor na Arte, a criatividade e originalidade em estado bruto. Nós, assim considerados seres "normais", com certeza não temos a capacidade de ser inventivos como ele conseguiu...

Plastic Culture



Aí vai uma dica de livro para quem quer saber mais sobre cultura pop. Plastic Culture - How Japanese Toys Conquered the World , explora o mundo dos brinquedos: porque eles nos facinam tanto, o que representam, porque existe um crescente mercado de toy art em todo mundo.





O autor (Woodrow Phoenix) se baseia principalmente na forte influência dos brinquedos japoneses em todo o mundo. Idéias que surgiram à partir de desenhos japoneses, mangás, filmes, seriados, como Astro Boy, Spectromen, Godzilla, até os mais recentes como, Power Rangers, Sailor Moon e Pokémon. Mas também trás referências dos brinquedos ocidentais.



A venda na Amazon. Uma vez vi na Livraria Cultura, mas não encontrei mais...

Carlos Issa















Imagens da exposição "Musica lenta", do designer Carlos Issa, na Galeria Polinésia. E veja aqui uma entrevista (na verdade, um bate-papo com leitores) que o cara fez para a Trip.






























fotos -
galeria polinésia

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O design como ele é

O nome de Chico Homem de Melo (arquiteto, designer e professor de programação visual na FAU-USP) já é uma certa garantia da qualidade dessa publicação, "O design como ele é" - Ateliê Editorial. Afinal, o cara está muito presente na história recente do design nacional, seja como autor de livros, seja como curador de exposições sobre o assunto.

Neste livro, Chico e sua sócia, Eliana Troia, falam do próprio umbigo - quer dizer, da própria agência, a Homem de Melo & Troia Design. Reunindo projetos realizados em 2004, 2005 e 2006 e catalogados em 6 grupos temáticos (exposições e mostras culturais, livros didáticos e paradidáticos, livros técnicos, eventos culturais, identidade e tipografia), o livro (ou publicação, sei lá) tem o propósito de mostrar a produção de um escritório pequeno de design atuando no Brasil hoje, com trabalhos gerados a partir da demanda dos clientes, com prazos apertados e verbas nem sempre nababescas.

Já digo logo que a publicação é barata (R$ 18,00), tem formato de revista (24,5 x 34,5cm) e 48 páginas. Você compra em livraria mesmo, e não na banca (o meu eu comprei na Livraria Cultura). Ou aqui.

fonte - Ateliê Editorial

Design da Lituânia



















Mais precisamente de Nauris Kalinauskas, um dos sócios da Contraforma. Na ordem: estante Quad (que ficaria lindona em casa), prateleiras Wings e mesa Mild.















fotos - divulgação
fonte - generate

Pinturas de chocolate - Vik Muniz












fonte: vik muniz

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Starck e suas baobás



Não é exatamente uma novidade de Philippe Starck – estas simpáticas mesas já foram mostradas em Milão hà 2 anos atrás, pela vitra, mas só agora chegaram ao mercado.

As BaObab, assim batizadas por Starck, são ideais para home offices ou escritórios moderninhos. Produzidas em peça única, foram projetadas para guardar as mais diversas quinquilharias e tem espaço para acomodar todo o emaranhado de cabos de computador.




fotos: divulgação

A proposta de Starck (sempre inovador), é de ser uma mesa de formas orgânicas para contrapor as linhas duras das convencionais desks, e também para dar a sensação de firmeza e segurança por ser uma peça-única.

Curiosidade: O nome BaObab, foi inspirado nas árvores baobás. Por ser frondosa e cheia de ramificações, essa espécie de árvore, tem a tradição de ser um “point”, onde macacos e vários outros animais se encontram e trocam umas idéias. A forma da desk de Starck foi baseada na semente desta árvore. Não é à toa que o cara é fera no design!


fonte:
dezeen

Consumo consciente
















Essa campanha é da companhia de água de Denver (Denver Water), criada pela agência Sukle, para conscientizar o cidadão sobre o uso racional da água. É simpática, pois traz um certo humor, porém impactante - justamente como deveria ser.
















fonte - thecoolhunter

Quer um poster? Pega na banca!













"Titulares" é essa campanha latino-americana da Nike, que foca nos jogadores sub-20. Mas o grande lance é a distribuição gratuita de posters nas bancas de São Paulo (que aconteceu durante todo o mês de julho), através de um totem de onde a gente destaca os ditos-cujos.

A responsável por essa mídia inovadora é a Biruta Mídias Mirabolantes. E, segundo o dono de uma banca consultada, vem mais poster por aí. Coca-Cola, por exemplo, já utilizou esses serviços da Biruta (com a campanha "Viva o lado Coca-Cola da música").

Quanto à campanha da Nike, valeria dar uma olhada de perto nas ilustrações, formadas por elementos como aves, raios e várias outras coisas que, juntas, formam os rostos dos jogadores.


Mais cor e grafismos














O que impede o mercado brasileiro de receber veículos de cores fortes e grafismos bacanas como estes? As fábricas dizem que é o mercado quem dita as tendências. Eu tenho minhas dúvidas. Acho que, se tivessemos opções pelo menos um pouco diferentes do prata/cinza/preto, nossas ruas ficariam muito mais divertidas.